Comunidade do bairro Sul do Rio em Tijucas, reivindica volta da balsa

31/03/17 às 18h18
Atualizado em 18/10/21 às 11h21
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Os moradores aguardam por providências urgentes, já são seis meses sem o transporte náutico

Não é a primeira vez que a comunidade do bairro Sul do Rio sofre com a falta da balsa. O impasse vêm se tornando comum, porém ainda incomoda e muito os moradores que necessitam do transporte náutico. A última ocasião que a embarcação esteve em funcionamento foi dias antes da definição das eleições municipais, no mês de outubro. Passaram-se seis meses e a balsa continua interditada pela Marinha, em manutenção, às margens do rio Tijucas. A espera por uma providência esgotou a paciência daqueles que dependem desse meio para locomoção.

Morador da localidade há 40 anos Antônio Borges (59 anos) utilizava a balsa com frequência. Ele comenta que no dia 10 de fevereiro deste ano a nova administração do município realizou uma reunião para ouvir os anseios da comunidade. Segundo Borges, naquela oportunidade foi falado sobre a balsa e proposto pelo prefeito Elói Mariano Rocha a disponibilização de um micro-ônibus para substituir o transporte náutico, entretanto, a ideia não agradou os moradores.

“Não nos agradou a proposta que eles fizeram, ainda preferimos a balsa e precisamos dela. Quem não tem outro meio de transporte fica isolado do restante da cidade. Este é o meu caso”, relata o morador.

O senhor Antônio tem graves problemas de saúde e faz tratamentos médicos constantemente, a balsa facilitava seu deslocamento até o hospital. Do mesmo modo, dezenas de outros moradores estão revoltados com a situação.

“Quando estavam fazendo campanha política eles se lembravam de nós, agora estamos esquecidos. Uma das primeiras promessas foi o funcionamento da balsa e até o momento nada”, comenta a moradora Bruna Graciela Alves de Brito.

A falta do transporte faz a jovem Valéria Cristina Plack Colaço (18 anos) caminhar diariamente um longo percurso até o centro da cidade. Além dessa dificuldade outros fatores a incomodam, principalmente o risco de ser assaltada.
“Em baixo da ponte é muito perigoso, sinto medo de ser assaltada quando passo por ali. Temos que estar atentos a todo o momento, é uma sensação muito ruim”, ressalta.

 

O parecer da Prefeitura
De acordo com o vice-prefeito e também secretário de Obras, Transportes e Serviços Públicos, Adalto Gomes, a Marinha interditou a balsa no ano passado devido a várias irregularidades que o transporte apresentava, entre elas a inexistência de alguns equipamentos. O serviço somente poderá ser retomado com a regularização de todos os itens.

“Assim que assumimos o governo passamos a regularizar essa situação. O primeiro passo foi comprar os materiais: coletes salva vidas, âncoras, cobertura da balsa, entre outros equipamentos que não foram encontrados na vistoria feita pela Marinha em 2016”, enfatiza Adalto.

O secretário relata que no dia 1º de fevereiro venceu o contrato de três profissionais que trabalhavam na balsa. Sendo assim, a prefeitura abriu um processo de contratação para preencher as vagas abertas.

“Esse processo é comunmente demorado, somente no dia 15 de março conseguimos concluir as contratações. Isso acabou adiando ainda mais a volta da balsa. São necessárias quatro pessoas para conduzir os trabalhos, e da antiga equipe apenas um profissional é concursado”, comenta.

Segundo Adalto Gomes, a previsão é de que no dia 07 de abril – data em que chegará a última encomenda de equipamentos – a Marinha venha ao município fazer uma nova vistoria para disponibilizar definitivamente o serviço à comunidade do Sul do Rio.

“Peço paciência à comunidade, eles estão certos em cobrar e respeitamos as reivindicações. Estamos nos esforçando ao máximo para que a balsa entre em funcionamento e não interrompa seu trabalho por muitos meses e quem sabe anos. Esse é o nosso objetivo”, finalizou.

 

Fonte; Jornal Razão - Foto: Lorran François Barentin

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