Comunidades de Tijucas resgatam as tradições do Natal

25/11/17 às 11h11
Atualizado em 27/01/24 às 17h15
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 Com a proximidade do fim do ano e das festas de Natal, algumas comunidades de Tijucas têm se mobilizado para resgatar as tradições desta festividade. São iniciativas populares, responsáveis por retomar o gosto por enfeitar ruas e locais públicos. Este é o caso da rua Esaú Bayer, no bairro Praça e de um espaço público na avenida Carlos Humberto Ternes, a P2, na Joáia.

Há três anos, os moradores da Rua Esaú Bayer se unem para deixar o local mais bonito nessa época. A professora Sabrina Chagas e o esposo, Aristides Andriani Filho, iniciaram o movimento, que logo foi adotado pelos demais vizinhos.

Atualmente, eles se organizam ao longo de todo o ano.
“Resolvemos pagar dez reais por mês para não ficar pesado no fim do ano. Com esse dinheiro compramos tudo que precisamos para fazer a decoração”, conta Sabrina.

Todo o trabalho é feito pelos vizinhos. Eles se reúnem numa das casas da rua para produzirem os enfeites e depois fazem a instalação. A ideia é retomar antigas tradições de valorização do espírito natalino, celebrado em comunidade.

Na Joáia, os moradores estão trabalhando em conjunto para produzir um presépio em uma área pública. O terreno em que o presépio está sendo feito fica à margem da Avenida P2. O professor Leomir Silva, conhecido Didi, relata que ele e alguns amigos perceberam a área ociosa e resolveram criar um espaço para resgate da cultura natalina.

Para montar o presépio, o grupo contou com a doação dos moradores da região e até de outros bairros. “Recebemos pisca-pisca, árvore, bolas de natal. Tudo que está aí foi doado pelas pessoas”, afirma Leomir. A Administração Municipal apoiou a iniciativa espalhando areia na área, por solicitação do grupo, enquanto a CELESC fez a ligação de energia para a iluminação.

Com a finalização dos trabalhos, o presépio fica aberto à visitação, resguarda a tradição do natal e revive o sentimento de comunidade. “Em 54 anos é o primeiro presépio público que eu vejo por aqui. É mais comum nas casas das pessoas, mas aberto para todos assim, não”, comenta Leomir.

É interessante perceber a união das pessoas numa mobilização para salvaguardar práticas tradicionais em outros tempos e que visam o bem comum. Estão de parabéns as comunidades que nutrem este espírito de integração, que merece ser enaltecido. Se você conhece algum outro lugar em que estejam acontecendo mobilizações neste sentido, entre em contato conosco para conhecermos. Se não, está aí uma boa ideia para fazer com as pessoas próximas de você.

Rua Esaú Bayer

 


 

Texto: Thiago Furtado (Estagiário da Assessoria de Comunicação) / Fotos: Thiago Furtado e Karina Peixoto Silva.

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