Itapema: Aumento de Caramujos Africanos no bairro Morretes preocupa moradores

08/11/19 às 10h10
Atualizado em 29/03/24 às 05h10
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 Responsáveis pela transmissão de vermes causadores de doenças graves como meningite os caramujos africanos, estão sendo encontrados com frequência em Itapema. Moradores relataram que os moluscos exóticos são vistos entre as plantações das hortas, nos terrenos balidos e em locais onde tem entulho. Segundo a Diretoria de Vigilância Sanitária do município os invasores exóticos podem fazer com que os vermes cheguem até os alimentos que serão consumidos mais tarde pelas pessoas. Por esse motivo, alguns cuidados devem ser tomados pela população. A recomendação é sempre fazer uma boa limpeza nos legumes e verduras antes do consumo, inclusive, com uso de água sanitária.


A orientação é sempre acionar as equipes da vigilância para fazer a remoção desses moluscos, já que o manuseio não é indicado. “Sempre orientamos a acionar as equipes da vigilância para fazer a limpeza do local. Eles transmitem doenças e as pessoas devem ficar em alerta principalmente em relação as crianças. Não deve pegar com a mão, sempre com luva. Estamos realizando diversas ações no bairro Morretes e em outros pontos do município”, relata o diretor da Vigilância Sanitária, Juliano Stancke.


Mais de 30 kg de caramujo africano foram recolhidos só no último mês em Itapema. A maior parte no bairro Morretes, onde estão a maioria dos registros de acionamento da Vigilância Sanitária. O molusco, por ser hermafrodita, se reproduz rapidamente. Apenas em uma ninhada pode ter mais de 200 ovos. Ele pode alcançar até 15 centímetros. Quando é recolhido pela empresa terceirizada, segundo Wagner Della Coleta, eles são encaminhados à Blumenau, onde acontece a incineração dos caramujos. “Muita gente acha que colocar sal vai resolver, mas caba só tampando os poros do caramujo. Ai falam para enterrar, mas não é o ideal. O município de Itapema tem lençol freático mais alto e pode contaminar o solo. Então quando alguém encontrar melhor chamar a vigilância para fazermos o recolhimento”, salienta.


O caramujo africano foi introduzido ilegalmente no Brasil na década de 80. Segundo alguns estudos, o primeiro estado a receber o molusco foi o Paraná. O intuito foi substituir o escargot, uma vez que sua massa é maior que a destes animais. Levado para outras regiões do Brasil, tal espécie acabou não sendo bem-aceita entre os consumidores, e também proibida pelo IBAMA, fazendo com que muitos donos de criadouros, displicentemente, liberassem seus representantes na natureza, sem tomar as devidas providências.

 

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