Operação da Polícia Federal respinga em Porto Belo

17/03/17 às 18h18
Atualizado em 20/03/24 às 17h57
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 A Operação Carne Fraca, deflagrada nesta sexta-feira pela Polícia Federal em parceria com a Receita Federal e o Ministério Público Federal, cumpre mandados de busca em Balneário Camboriú e Porto Belo. A polícia ainda não divulgou detalhes de quais são os alvos do mandado.

O foco da operação é uma organização criminosa que atuaria no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, a partir da Superintendência Federal da Agricultura no Paraná (SFA/PR), e envolve a comercialização ilegal de carnes por frigoríficos.

Segundo informação divulgada pelo Estadão, ainda não confirmada pela polícia, executivos do frigorífico JBS estão entre os presos, e a BRF também é alvo da operação.

São 27 mandados de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e mais de 190 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Juízo Federal da 14ª Vara Federal de Curitiba. Segundo informações repassadas pela Receita, a organização criminosa seria liderada por servidores que ocupam cargos de chefia e administração da Superintendência do MAPA no Paraná, que estariam recebendo vantagens indevidas pagas por executivos ou diretores de empresas sujeitas à inspeção do órgão.

A fraude nas fiscalizações resultava na permissão para que produtos alimentícios adulterados, impróprios para o consumo humano, circulassem livremente no mercado interno como merenda escolar ou fossem exportados.

Além de ampliar os lucros das empresas, o esquema gerava um alto rendimento aos participantes. Segundo a Receita, o que resultou em ¿bens ocultos ou registrados em nome de terceiros, além de outras formas de ocultação e de lavagem de dinheiro¿.

Entre os servidores investigados, vários tiveram acréscimo patrimonial significativo, e desproporcional com as declarações de bens feitas à Receita. Artifícios como subdeclaração de valores nas compras de imóveis foram identificados por auditores-fiscais da Receita Federal.

Uma das ações usadas para lavagem de dinheiro foi a montagem de uma rede de franquias de fast-food, em nome de testas-de-ferro, e a aquisição de imóveis em nome de terceiros.

 

Fonte: Diário Catarinense

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