Petrobras simula desastre ambiental em Bombinhas

09/08/18 às 12h12
Atualizado em 28/12/23 às 17h08
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Por Dagmara Spautz /NSC-TV

 Cerca de 250 profissionais e voluntários participam de um simulado de emergência da Petrobras em Bombinhas. O exercício é para coordenar ações de contenção aos danos ambientais resultantes de um vazamento fictício no PSO Cidade de Itaguaí, plataforma de exploração de petróleo e gás que atua no pré-sal da Bacia de Santos, a 240 quilômetros do Rio de Janeiro. É a primeira vez que o simulado, feito uma vez por ano, ocorre em Santa Catarina.

Em um acidente fictício na plataforma de petróleo, os cálculos matemáticos indicaram que a mancha de óleo demoraria 20 dias para chegar a Bombinhas _ o que daria tempo suficiente para montar o aparato de controle. Ao todo, 60 embarcações foram envolvidas no simulado _ incluindo barcos de pescadores artesanais, que foram convidados a participar do exercício.

O trabalho ocorre em diversas frentes: há centrais de comando em Bombinhas e em Santos (SP), ligadas através de videoconferência, barcos instalam barreiras e monitoram a fauna marinha _ baleias, golfinhos aves e tartarugas, por exemplo _, equipes aguardam nas areias das praias de Bombas, Bombinhas e Mariscal, e outra dá suporte junto à Reserva do Arvoredo. O exercício de simulação é matemático, por isso nenhum tipo de substância foi derramado no mar durante os testes.

Segundo o gerente de Meio Ambiente da Bacia de Santos, Marcos Vinícius de Mello, o difícil acesso, a sensibilidade ambiental, a proximidade da Reserva do Arvoredo e a produção expressiva de maricultura tornaram Bombinhas o ambiente ideal para a avaliação. Os últimos testes ocorreram no ano passado em Ubatuba, no Litoral de São Paulo.

Além da Petrobras, instituições ambientais e de pesquisa como a norte-americana International Bird Rescue, entidade pioneira no tratamento de aves atingidas por derramamento de óleo, a brasileira Aiuká, a Univali, que coordena o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, e a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) também participal da simulação e das ações de contenção. Para a gerência ambiental, o simulado foi bem-sucedido.

Derramamento real
Situações como a que foi forjada no simulado, considerado uma emergência de grande porte, são consideradas possíveis, mas muito difíceis de acontecer. O trabalhos dos técnicos é justamente o de minimizar esse risco.

Até hoje a Petrobras registrou apenas um incidente com derramamento de óleo no pré-sal, em 2012. O vazamento foi contido ainda em alto-mar, antes que chegasse à costa.

A bacia de Santos, reúne, no momento, 15 unidades de produção de petróleo e gás e é responsável por mais de 1,2 milhão de barris ao dia _ metade da produção nacional. Os testes apontam que, em caso de incidente, as ações de contenção, com a chegada de embarcações à plataforma de petróleo, ocorrem em no máximo seis horas.

 

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