Prevenção contra o câncer de pele deve continuar no inverno

06/07/18 às 08h08
Atualizado em 08/01/24 às 14h55
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Paulo Luiz Cordeiro / Ag. Portal da Ilha

A proteção com a pele deve ser uma rotina na vida das pessoas, principalmente com o uso do protetor solar independente da estação do ano.

Por: Laura Dozza Reis

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) o câncer de pele é o tumor mais frequente no Brasil, responsável por 33% de todos os tumores malignos registrados no país, sendo o estado de Santa Catarina o que possui o maior índice de ocorrências, devido à pele mais clara da maioria da população, o alto índice de exposição solar, devido ao vasto litoral e também ao fato da espessura da Camada de Ozônio ser mais fina nessa região.

Além desses fatores que podem levar ao câncer de pele é preciso considerar a hereditariedade um dos fatores de maior risco, ou seja, a pessoa que tiver tido casos em parentes de primeiro grau - pai, mãe, irmãos - é preciso realizar acompanhamento médico ao menos uma vez ao ano, explica a Dra. Ana Carolina Barreto Ferreira, médica dermatologista.

Pacientes com fototipo muito claro - olhos e cabelos muito claros -, sardas ou que ao invés de se bronzear, se queimam no sol, também devem ficar atentos.

Durante as épocas mais frias, acabamos esquecendo dos cuidados com a pele, por acreditarmos que os dias nublados ou mesmo de sol não apresentam riscos. No entanto, a proteção da pele contra os raios ultravioletas deve ser mantida durante todos os meses do ano.

A dra. Ana Carolina esclarece o uso filtro solar, com fator de proteção maior do que 30 e proteção UVA e UVB, deve ser feito diariamente, independente da estação do ano, e reaplicado nas áreas que ficarão mais expostas. Destaca que a exposição deve ser evitada nos horários onde a incidência dos raios ultravioletas é maior, das 10h às 16h. E lembra do uso de objetos que também protegem contra os raios solares, como chapéus, bonés e óculos. A proteção com a pele deve ser uma rotina na vida das pessoas.

Diferentes tipos de câncer de pele

De acordo com o INCA, o tipo mais comum de câncer da pele é não melanoma - carcinomas basocelulares e espinocelulares - que possuem letalidade baixa, porém, números de casos muito altos. E o mais raro, agressivo e letal, o melanoma, ele aparece como uma pintinha escura, como mostra a imagem, que vai se deformando ao longo do tempo.

Realização do autoexame

O autoexame pode e deve ser realizado. É importante ficar atento às manchas “ugly duck”, aquelas que se destacam das demais, seja por tamanho, cor ou formato, ou aquela que sangra e coça.

“Há a Regra do ABCDE, muito utilizada. A assimetria na forma da mancha; B borda ondulada; C cor as mais escuras propiciam a ser malígnas; D dimensão maior que 5 mm devem ser verificadas por especialistas; E evolução a mancha que de repente muda de cor, ou aumenta de tamanho”, exemplifica a dra.

*Acompanhe a ilustração ao final do texto que traz exemplos da Regra ABCDE.

O tratamento para o câncer de pele é cirúrgico e existem casos específicos ao qual podem ser associadas outras formas de procedimentos, como a radioterapia, terapia fotodinâmica e a utilização de pomadas.


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