05/11/19 às 19h19
Atualizado em 20/04/25 às 19h43
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Crédito da imagem: midwestallergy.net
O desvio de septo pode ocorrer ainda no período embrionário ou até mesmo durante a adolescência ou idade adulta, atingindo até 25% da população mundial e mais de 30 milhões de brasileiros.
Muitas vezes o problema não apresenta sintomas preocupantes, mas alguns pacientes podem sofrer com sérias obstruções nasais, comprometendo a qualidade do sono, bem-estar e a saúde.
No artigo de hoje, vamos entender como funciona o desvio de septo e as possibilidades para correção do problema.
Pronta para saber mais sobre o assunto? Siga a leitura até o fim!
Entendendo mais sobre o desvio de septo
Embora nem todos saibam, o desvio de septo é uma condição bastante comum na população, atingindo cerca de 25% das pessoas de todo o mundo.
Felizmente, nem todas as condições envolvem intervenções e tratamentos altamente qualificados, mas ela é capaz de interferir na qualidade de vida de muita gente.
O desvio de septo ocorre quando o septo (estrutura que separa as cavidades nasais) não é totalmente reta, apresentando variações.
Normalmente, o septo funciona como uma “parede” formada por tecido ósseo, mucoso e cartilaginoso, dividindo as narinas ao meio.
Mas quando o septo se mostra desviado, a obstrução da estrutura pode ocorrer, gerando complicações desagradáveis para a saúde e qualidade de vida do paciente.
Quais são as causas do desvio de septo?
O desvio de septo pode ser gerado das seguintes maneiras:
De maneira congênita, acompanhando desde o nascimento do bebê;
Como consequência de deformações geradas por cirurgias;
Presença de tumores;
Ou até mesmo casos de traumas – infantis ou adultos.
Com esses fatores de interferência, entendemos que nem todas as pessoas já nascem com o desvio, mas que elas também podem adquirir no decorrer da vida.
Outros fatores de riscos e causas também podem incluir:
Uso de fórceps durante o parto;
Acidentes ou traumas ocorridos quando a pessoa ainda é jovem;
Crescimento exagerado de estruturas nasais;
Ou malformações no feto.
Sintomas do desvio de septo
Dependendo de cada quadro de saúde e do grau de desvio do paciente, os sintomas podem ser variados. Mas os principais incluem:
Obstrução da estrutura nasal (nariz sempre entupido);
Problemas respiratórios e de fluxo de secreções nasais ou até mesmo de ar;
Dificuldades para dormir (roncos noturnos) e desenvolvimento de quadros de sinusite;
Dores no rosto e na cabeça;
Sangramentos pelo nariz;
Bloqueio nasal e cansaço excessivo.
Alguns pacientes (principalmente os que já nascem com o problema), não costumam apresentar muitos sintomas, tendo a condição até imperceptível.
Entretanto, casos com sintomas graves podem necessitar de cirurgia plástica para a correção.
Tratamentos indicados
A abordagem terapêutica irá depender do quanto a condição interfere na vida do paciente, envolvendo a possibilidade de:
Rinoplastia (septoplastia) para correção do septo;
Uso de medicamentos específicos.
Casos muito graves devem sempre procurar um cirurgião plástico, principalmente quando as obstruções afetam bastante a saúde.
Como o problema é diagnosticado?
Através de um exame físico, o médico otorrinolaringologista abre as narinas e identifica o problema.
Também pode ser realizada uma nasofibroscopia, como uma endoscopia que permite analisar a estrutura nasal. E casos mais sérios também podem contar com tomografia complementar.
Quando o desvio de septo deve ser operado?
De todos os indivíduos que sofrem com o problema, apenas ¼ deles precisam recorrer a cirurgia, devendo ser optada quando:
Os problemas respiratórios estão envolvidos (levando prejuízos à respiração);
E quando a obstrução prejudica a qualidade de vida e bem-estar.
Correção do desvio de septo
Nem todos os casos necessitam de correção cirúrgica. Mas quando os sintomas são sérios, já é possível realizar a rinoplastia a partir dos 16 anos.
O procedimento visa corrigir o septo, retirando estrutura óssea local ou excesso de cartilagem – dependendo de cada paciente.
A cirurgia é feita através de anestesia geral e com curto período de internamento, levando em torno de 2 horas para sua realização.
Embora qualquer procedimento envolva riscos, eles são diminuídos através do uso de aparelhos com câmeras para visualização de toda a estrutura interna.
Como funciona o pós-operatório
Mesmo que no início do pós-operatório haja desconforto e sangramento nasal, o processo tende a ser mais facilitado do que em outras cirurgias.
A recuperação tende a ser indolor e simples, requerendo repouso constante – principalmente nos primeiros dias e semanas.
Os cuidados principais envolvem:
Uso de medicamentos indicados pelo médico, como analgésicos e antibióticos;
Cuidar com a exposição solar sem proteção;
Ter atenção e cuidado com curativos, seguindo as recomendações do médico;
Retornar ao médico e seguir com exames sempre que necessário.
É muito importante cuidar nesse período, pois ele também é essencial para garantir o sucesso da cirurgia – e nem todas as pessoas se atentam com relação a isso.
Em torno de 7-14 dias, o paciente já pode retornar normalmente ao trabalho, mas ainda precisa esperar até um mês para retornar todas suas atividades, incluindo a prática de exercícios físicos.
Por que a correção só é feita com 16 anos?
De maneira geral, os especialistas aguardam que a pessoa complete 16 anos para realizar a cirurgia.
Isso ocorre pois é nessa idade que a estrutura nasal está completamente desenvolvida, garantindo maior sucesso na correção da condição.
Em situações mais específicas (e comprometedoras), ela pode ser realizada de maneira mais precoce, principalmente quando a respiração é altamente prejudicada durante a infância.
Outros aspectos importantes
Apesar dos sintomas e das causas de o desvio de septo serem altamente variadas e com diferentes graus de complicações, o desvio pode prejudicar seriamente a qualidade de vida – e levar até a consequências respiratórias graves.
Por isso, contar com tratamentos personalizados de acordo com cada caso é muito importe. Alguns pacientes precisam recorrer à septoplastia, corrigindo as malformações que levam a obstrução nasal, enquanto outros conseguem controlar os sintomas apenas com remédios.
Se o problema estiver existente (ou mesmo os sintomas), é importante procurar um médico especialista, seguindo com diagnóstico e tratamento adequado.
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