16/11/18 às 18h18
Atualizado em 15/07/24 às 00h07
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A audição executa função essencial no desenvolvimento infantil, possibilitando a aquisição da linguagem verbal. Alterações na audição podem acarretar graves consequências para o desenvolvimento da criança, o que no dia a dia escolar se traduz em dificuldade de compreender a fala dos colegas e da professora, dificuldade de concentração, isolamento social, diminuição do interesse pelas atividades, dificuldade de aprendizagem, entre outros.
É de extrema importância a identificação precoce da deficiência auditiva, pois desta forma ocorre uma melhor possibilidade de reabilitação, visto que um tratamento realizado precocemente pode minimizar as dificuldades de aprendizagem na vida escolar.
Muitas vezes bebês considerados de risco para perda auditiva, podem passar na Triagem Auditiva Neonatal, também conhecida como teste da orelhinha, porém necessitam de acompanhamento periódico da audição porque podem desenvolver posteriormente perdas auditivas. Deve-se observar, se há casos na família de perdas auditivas, infecções durante a gestação como, rubéola, sífilis, herpes, citomegalovírus, toxoplasmose e desordens neurodegenerativas. Um fator muito importante que também pode ocasionar perda auditiva são as otites de repetição (dores no ouvido), quando não tratadas, podem causar grandes prejuízos à audição. As avaliações auditivas dessas crianças devem ser realizadas pelo menos a cada seis meses até a idade de três anos, e posteriormente a isso em intervalos maiores de tempo.
As consequências da perda auditiva no desenvolvimento das habilidades de fala e linguagem podem ser variadas, embora indivíduos com perda auditiva apresentem características diversas, compreende-se que quanto maior o grau da perda auditiva e quanto mais precoce for seu início, maiores serão os impactos negativos sobre o processo de desenvolvimento.
Além de afetar a linguagem e a comunicação, uma perda auditiva ainda pode ocasionar dificuldades nas diversas interfaces psicossociais às quais essas crianças estão expostas. Cerca de 23 em 1.000 crianças têm perda auditiva de grau leve a grave, significativas o suficiente para afetar o progresso educacional (NELSON et al, 2014). Portanto, buscando minimizar esses impactos é imprescindível o diagnóstico e a intervenção o mais precocemente possível.
Fique atento, a identificação da perda auditiva tem o seu primeiro passo na triagem neonatal. Obter um diagnóstico nos primeiros seis meses de vida é crucial para que a criança possa se desenvolver bem.
Artigo elaborado pelas acadêmicas do 10º período e professora do curso de Fonoaudiologia da UNIVALI
Amanda Dumbock Sonnenstrahl, Rita Hussein Fares e Msc. Raquel Schillo
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