A rotina dos cães do Corpo de Bombeiros

04/03/19 às 17h17
Atualizado em 15/08/24 às 11h37
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 O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) é destaque na busca e resgate utilizando os cães, a cinotecnia, com reconhecimento e certificação internacional. Hoje, a corporação conta com sete cães certificados pelo International Rescue Dogs Organization (IRO).

O treinamento dos animais é feito exclusivamente com feedback positivo, sem quaisquer maus-tratos, tanto na questão de obediência, quanto a parte técnica. Para os cães uma busca é uma brincadeira.

A saúde dos animais é controlada por uma Coordenadoria de Busca, Resgate e Salvamento com Cães e os veterinários mantêm uma rotina de acompanhamento.

Exames de check-up são realizados anualmente nas universidades parceiras, que possuem o curso de Medicina Veterinária, como a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Lages e a Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), em Xanxerê. Durante esses momentos, os cães são acompanhados pelos seus condutores, além de dois veterinários cinotécnicos do CBMSC.

“Os condutores, a coordenadoria e a equipe de saúde animal estão sempre em contato e acompanhando os cães, com trocas de informações, para prevenir doenças e manter a saúde física e também mental dos nossos animais. Cada cão tem o veterinário de confiança nas suas cidades, mas mantemos um acompanhamento conjunto, para segurança do cão”, explica a médica veterinária do CBMSC, soldado Andreza Amorim Moares.

A corporação utiliza cães da raça labrador, por conta do olfato apurado, além do temperamento dócil, entre outros fatores. “Os cães vivem na casa dos seus tutores, são socializados e treinados diariamente. Muitos convivem com crianças diariamente. Mais do que uma eficiente ferramenta de busca, os cães do CBMSC são parte da instituição e da família do bombeiro condutor”, diz a soldado Andreza.

 

 

Seleção de Filhotes

Os labradores são animais de grande porte e que podem ter algumas enfermidades genéticas, como, por exemplo, atrofia de retina e displasia de cotovelo. Para a atuação no CBMSC existe um rigoroso controle, para garantir que os animais adultos tenham plenas condições para buscas.

“Essas doenças são cuidadosamente monitoradas por meio de exames. Nosso objetivo é não deixar entrar no nosso plantel doenças genéticas, que podem ser evitadas por meio de prévios exames e cruzamentos planejados”, detalha Andreza.

Os cães do CBMSC são de uma mesma linhagem de labradores, com uma árvore genealógica que apresenta uma genética favorável para o desenvolvimento das atividades.

“Nosso processo de seleção de filhotes ele é bem complexo. Nós começamos a análise a partir dos pais, escolhendo aqueles animais com o perfil que desejamos e cruzamos sempre os melhores, dentro do nosso parâmetro e com toda segurança necessária aos animais. Além dessa seleção daqueles com o melhor desempenho, também são escolhidos aqueles que não possuem probabilidade de terem problemas genéticos”, destaca o coordenador da atividade no em Santa Catarina, tenente-coronel Walter Parizotto.

Aposentadoria

Em torno dos oito anos de vida os labradores são aposentados das buscas e passam a trabalhar apenas na cinoterapia, que é a terapia assistida por cães em hospitais, além de treinarem os outros cães para a atividade de busca e salvamento.

Cartilha desenvolvida para prevenção em Brumadinho

Os labradores são animais de grande porte e que podem ter algumas enfermidades genéticas, como, por exemplo, atrofia de retina e displasia de cotovelo. Para a atuação no CBMSC existe um rigoroso controle, para garantir que os animais adultos tenham plenas condições para buscas.

“Essas doenças são cuidadosamente monitoradas por meio de exames. Nosso objetivo é não deixar entrar no nosso plantel doenças genéticas, que podem ser evitadas por meio de prévios exames e cruzamentos planejados”, detalha Andreza.

Os cães do CBMSC são de uma mesma linhagem de labradores, com uma árvore genealógica que apresenta uma genética favorável para o desenvolvimento das atividades.

“Nosso processo de seleção de filhotes ele é bem complexo. Nós começamos a análise a partir dos pais, escolhendo aqueles animais com o perfil que desejamos e cruzamos sempre os melhores, dentro do nosso parâmetro e com toda segurança necessária aos animais. Além dessa seleção daqueles com o melhor desempenho, também são escolhidos aqueles que não possuem probabilidade de terem problemas genéticos”, destaca o coordenador da atividade no em Santa Catarina, tenente-coronel Walter Parizotto.

Aposentadoria

 

Em torno dos oito anos de vida os labradores são aposentados das buscas e passam a trabalhar apenas na cinoterapia, que é a terapia assistida por cães em hospitais, além de treinarem os outros cães para a atividade de busca e salvamento.

Cartilha desenvolvida para prevenção em Brumadinho

 

Os tutores de cães de busca, durante o curso de Cinotécnico, recebe noções de primeiros socorros caninos e também aprende sobre comportamento animal, cuidados e a manutenção que se deve ter com os cães durante toda sua vida.

Para a atuação em Brumadinho, a Coordenadoria de Busca, Resgate e Salvamento com Cães desenvolveu uma cartilha ilustrada, com as orientações de prevenção, indicando exercícios de aquecimento antes das atividades, além de massagens para recuperação muscular e anti-stress para os animais. Nesta cartilha, os tutores também foram orientados sobre os suplementos vitamínicos, vacinas e produtos que devem ser utilizados antes e depois da atuação.

Um dos trechos da cartilha diz: “Lave o cão com o shampoo antisséptico indicado após cada dia de trabalho, fazendo a higiene dos ouvidos e da cavidade oral. As massagens e suplementos são importantes para diminuir a dor muscular e manter a performance do cão no dia seguinte. Dentro do possível, siga as orientações da cartilha. Ela foi feita com muito zelo para minimizar os riscos desta ocorrência”.

Os binômios catarinenses (dupla de bombeiro militar e cão) são destaque na missão de Brumadinho. Até o momento sete cães foram empregados nas buscas. Os cães são avaliados todos os dias ao retornarem para a base.

Atendimento imediato ao cão Iron

Durante as buscas, em Brumadinho, na segunda participação do cão Iron, um espinho perfurou a pata dianteira direita do animal, exigindo uma cirurgia de emergência para a retirada. Iron foi o único animal que se feriu durante a missão, mas o pronto atendimento fez a diferença.

A cirurgia de remoção foi realizada em um hospital de campanha, montado no local, por uma equipe de médicos veterinários, que está à disposição. Além disto, o tutor de Iron, soldado Josclei Tracz, também é veterinário e acompanhou todo o procedimento ao lado do companheiro.

“Está tudo bem com o Iron, ele está se recuperando. A previsão inicial é que ele possa retornar as atividades normalmente a partir de dez dias da cirurgia. Agora, ele retorna para Santa Catarina e segue em repouso”, explicou Parizotto.

Para substituição, os cães Hunter e Barney foram acionados novamente, e chegaram a Minas Gerais na sexta-feira, 1º. Eles foram levados pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Informações e Fotos: CBM/SC

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