16/06/23 às 12h12
Atualizado em 07/08/24 às 13h39
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Foto: Polícia Civil/Divulgação
Uma operação policial apreendeu cerca de 100 porções de maconha com suspeitas de estarem modificadas com a droga perigosa conhecida como K9 – a droga zumbi – durante uma operação realizada na última quinta-feira (15), nos municípios de Palhoça e São José. Foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão.
A ação conjunta de várias forças de segurança incluiu a Polícia Civil, a Receita Federal, a Coordenadoria de Operações com Cães da Polícia Civil e a Empresa Brasileira de Correios, e resultou na apreensão de uma grande quantidade de drogas em Santa Catarina, causando um prejuízo estimado em R$ 300.000 para a rede criminosa.
As drogas descobertas já estavam preparadas e embaladas para venda. Foram apreendidos 2.500 comprimidos de ecstasy, 1 quilo de cocaína, 100 gramas de haxixe e 50 gramas de crack, além de uma arma de fogo antiga e 100 porções de maconha, que se suspeita estarem modificadas com a droga conhecida como K9. A confirmação desta última suspeita ainda está pendente de comprovação pela polícia científica.
Droga zumbi
A substância conhecida como “K9”, uma droga 100 vezes mais potente do que o THC (substância psicoativa) da maconha comum e causa efeitos devastadores nos usuários, o que é chamado de “efeito zumbi”.
As chamadas drogas K, que surgiram em laboratórios no início dos anos 2000, têm como base os canabinoides sintéticos. Porém, a referência a essas substâncias como “maconha sintética” é tecnicamente incorreta. Segundo os especialistas, o canabinoide sintético interage com os mesmos receptores cerebrais que a maconha comum, mas com uma potência até 100 vezes maior.
A respeito disso, o médico psiquiatra Harif Bakri disse: “Os efeitos dessas substâncias estão falando por si. Efetivamente, não se trata da maconha orgânica e os elementos não devem ser confundidos.”
A farmacóloga e mestre em farmácia, Maéli Civa, também ressalta que os efeitos dessas substâncias são potencializados devido à mistura com plantas alucinógenas e outras drogas sintéticas, como o ecstasy. Isso faz com que os efeitos sejam extremamente potentes e duradouros.
Outro especialista, Harif, alerta que a disseminação do termo “supermaconha” para se referir às drogas K pode ter sido uma estratégia de traficantes para atrair usuários de maconha para a nova droga. “Quem faz uso da planta pode pensar que se trata de uma substância mais prazerosa, mas são compostos deletérios que podem levar à morte”, afirmou.
Com informações de: Correio do Povo e G1
Fonte: Visor Notícias
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