03/09/23 às 17h17
Atualizado em 20/10/24 às 12h22
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Foto: Divulgação
O cenário de compras online sofreu uma reviravolta com o anúncio feito pelo AliExpress sobre sua adesão ao programa Remessa Conforme, uma iniciativa do governo brasileiro para regular as vendas internacionais. O programa promete alterações significativas nas taxas de importação que, inevitavelmente, serão repassadas ao consumidor.
O "Remessa Conforme" é uma iniciativa governamental destinada a regular transações entre empresas estrangeiras e consumidores brasileiros. A adesão ao programa pelo AliExpress sinaliza uma mudança em sua estratégia de negócios, priorizando uma "experiência de compra de alta qualidade", conforme afirmou a empresa.
Com a adesão ao programa, os consumidores poderão notar um aumento significativo nas taxas de importação. Para compras abaixo de 50 dólares americanos, a tarifa será de 17%, relacionada apenas ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). No entanto, para compras acima desse valor, o imposto atinge um índice alarmante de 92%.
O imposto agora será pago diretamente no carrinho de compras, eliminando surpresas desagradáveis na entrega e agilizando o processo como um todo. A fórmula para o cálculo será "Preço * 1,6 / (1 - 0,17)", que inclui 60% de importação e 17% de ICMS.
A questão que se impõe agora é: a que custo? Com taxas elevadas e a inclusão de outros encargos, o consumidor deve se preparar para preços mais salgados. E se você tentar driblar o sistema, declarando um valor mais baixo para o produto, poderá enfrentar penalidades ainda mais severas, pagando 92% mais um adicional de 100% do preço da mercadoria.
Embora a empresa anuncie essa mudança como uma maneira de tornar as entregas mais rápidas e as transações mais transparentes, fica a questão sobre como essas mudanças afetarão o comportamento do consumidor e o mercado de comércio eletrônico como um todo.
O AliExpress afirmou que está no processo de desenvolvimento e implantação da nova plataforma e comunicará aos consumidores assim que as mudanças estiverem em vigor.
A medida, já em desenvolvimento, suscita debates intensos sobre sua eficácia e impacto no bolso do consumidor. O tempo dirá se a decisão será benéfica ou se resultará em um desincentivo às compras internacionais.
Fonte: Jornal Razão
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