Após denunciarem suspeitos de estupro, mulheres precisam sair de aldeia indígena em Canelinha

12/06/23 às 20h20
Atualizado em 17/11/24 às 11h57
Visualizações: 464

No último sábado,10, uma família teve que ser retirada da aldeia indígena em Canelinha pela assistente social do município. A ação foi necessária depois que duas mulheres, uma de 21 anos e outra menor, ambas pertencentes à mesma família, denunciaram terem sido vítimas de um estupro dentro da aldeia indígena.

De acordo com informações fornecidas pelas próprias vítimas, uma delas já havia registrado um boletim de ocorrência contra um dos acusados. Para piorar a situação, durante o ato, uma das vítimas a menor, foi filmada e sua imagem foi compartilhada dentro do grupo indígena. Após realizarem as denúncias, passaram a sofrer ameaças, o que tornou impossível sua permanência na aldeia em Canelinha.
Após ter suas imagens vasadas em uma rede social, a menor de idade passou a se mutilar tamanha a pressão que as mesmas vinham sofrendo dentro da comunidade.

Visando a proteção das vítimas, uma promotora de justiça de plantão decidiu encaminhá-las para um local seguro. Posteriormente, a família será conduzida a outra aldeia. A família em questão é originária do estado do Paraná e residia na aldeia em Canelinha a pouco tempo.
O caso segue em segredo de justiça e, segundo informações, os acusados ainda não foram presos por não estarem em flagrante delito. É importante ressaltar que um dos suspeitos já cumpriu pena pelo crime de estupro.

Todas as despesas relacionadas ao local seguro ficaram a carga da assistência social do município de Canelinha. A família foi resgatada pela assistente social, juntamente com o secretário da pasta a pedido da promotora de justiça, visando garantir sua segurança diante das ameaças enfrentadas.

A denúncia de estupro dentro da aldeia indígena em Canelinha reforça a importância de combater e enfrentar qualquer forma de violência contra as mulheres, especialmente em comunidades correspondentes. A sociedade e as autoridades competentes devem se esforçar para garantir a segurança e o respeito aos direitos de todas as mulheres, independentemente de sua origem étnica ou local de residência.

Fonte: Olho Vivo Can

Getsites