Autopista Litoral Sul não tem previsão de obras que desafoguem o fluxo de veículos no trecho de Balneário Piçarras a Itapema

26/11/17 às 19h19
Atualizado em 20/12/24 às 06h39
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Foto: Luiz Carlos de Souza / Arquivo Pessoal

 A falta de continuidade das vias marginais à BR-101 e de melhorias em acessos como o da Rodovia Jorge Lacerda, que liga Itajaí ao Vale, resultará novamente em longos congestionamentos durante a temporada de verão. A Autopista Litoral Sul, concessionária que administra a rodovia federal, não tem previsão de obras que desafoguem o fluxo de 50 mil veículos diários no trecho de Balneário Piçarras a Itapema. Pelo menos até 2033.

Esta semana a empresa apresentou à Associação Empresarial de Itajaí (ACII) uma série de propostas para amenizar as filas na BR. Os projetos, no entanto, dependem de aditivos ao contrato original de concessão que tramitam em Brasília _ alguns deles há quatro anos, enrolados em questionamentos dos órgãos fiscalizadores. É o caso da continuação da marginal na ponte sobre o Rio Itajaí-Mirim, em Itajaí.

A lista de propostas que demandam aditivo inclui a ampliação do trevo da Rodovia Antônio Heil, que liga Itajaí a Brusque, e a extensão de marginais, que evitam que os motoristas que transitam pela cidade tenham que usar a rodovia.

Há também projetos ousados como a demolição da ponte mais antiga sobre o Rio Itajaí-açu para construção de uma nova, com cinco faixas _ três para a BR-101 e duas para dar sequência à marginal.

Paulo Castro, diretor superintendente da Autopista Litoral Sul, quer apoio das entidades de classe para sensibilizar as autoridades sobre a urgência das obras. O senador Dalírio Beber (PSDB), que esteve esta semana com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, disse que os aditivos para a BR-101 ainda não estavam na pauta de discussão. Mas deverão ser tratados durante a visita que ministro fará à região, no início de janeiro. O assunto será, especialmente, os gargalos de infraestrutura de transportes em Santa Catarina.

Para lugar nenhum

Um dos sinais mais emblemáticos da falta de planejamento na BR-101 são as pontes sobre o Rio Camboriú, em Balneário Camboriú (foto). As marginais terminam na beira do rio, porque a estrutura não foi incluída no contrato de concessão. Além de afunilar os acessos à cidade, a falta de ligação entre as marginais será um entrave ao trânsito do Centro de Eventos, que inaugura ano que vem. Em julho o prefeito Fabrício Oliveira (PSB) conseguiu aval do presidente Michel Temer (PMDB) para o aditivo. Dias depois a concessionária recebeu a 29ª objeção dos órgãos fiscalizadores ao reforço no contrato.

 

Fonte: O Sol Diário

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