Entrevista com Dio Adelino , pré-candidato a prefeito de Tijucas

06/08/20 às 18h18
Atualizado em 05/04/24 às 23h23
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 O Portal Galera Mix está realizando uma série de entrevistas com os possíveis candidatos a prefeito de Tijucas nas eleições 2020.

O quinto entrevistado é Dio Adelino, que é um dos pré-candidatos a prefeitura de Tijucas. Seu partido é o Solidariedade.

Portal Galera Mix : Quem é o pré-candidato Dio Adelino?

Dio Adelino: Bom, vamos lá! Sou Dio Adelino tenho 38 anos, sou bacharel em Ciência Política, e fiz 3 anos de Ciências Econômicas na UFSC, tenho 24 anos de experiência no terceiro setor, documentarista e produtor cultural, representei o Brasil em um dos maiores eventos culturais do mundo na Tailândia em 2014, e sou natural de Tijucas. Sou aluno do programa nacional RENOVABR e passei entre 31 mil candidatos do país para conseguir uma vaga na única escola de novos políticos do Brasil. Sou filho do Célio Pintor e da Celene dona de casa. Moro no bairro Universitário. Sou guerreiro, empreendedor e um grande amigo para todo mundo que já me conhece e também para aqueles que ainda vão me conhecer!

 

Portal Galera Mix : O que motivou o senhor a ser pré-candidato à prefeitura de Tijucas?

Dio Adelino:  Eu sou natural de Tijucas, estudei nas escolas públicas da cidade, me formei com bolsa de estudos e minhas condições financeiras foram sempre limitadas. Pai pintor e a minha luta por mais oportunidades começou cedo quando criança. Eu sempre andei a pé enquanto todos já tinham bicicleta, a minha roupa nova era ganhada dos outros, eu sempre soube desde pequeno sobre desigualdade social e sobre oportunidades. Eu sempre vivi nessa Tijucas “do nada muda”. E isso sempre me revoltou. A cidade do “já teve”, teve isso e teve aquilo e tudo fechou. Eu quando criança queria mudar a minha realidade para ter um futuro melhor. Eu procurava cursos e oficinas gratuitos e nunca existiam. Eu clamava por isso e fui encontrar só em Florianópolis quando eu conseguia carona para ir até lá. Eu sempre achei estranho buscar fora se eu morava aqui. Queria que minha cidade pudesse me dar o que buscava. O tempo passou e aqui munido da minha revolta, iniciei meu trabalho no terceiro setor, me capacitei fora e depois iniciei a dar aulas gratuitas de teatro a comunidade em salas cedidas nas escolas públicas aos domingos, acredito que muita gente lembra, de minhas aulas. Eu sempre lutei para criar aqui o que eu também não tive, OPORTUNIDADES.
O tempo passou, o mundo girou e a minha revolta cada vez maior! E junto dela as perguntas: Porque passa ano e vai ano e nada muda em Tijucas? Eu conheço bem a realidade das nossas escolas públicas, a estrutura precisa melhorar e muito, precisamos ter uma renovação, nossos professores precisam de mais oportunidades de crescimento. Eu não tenho plano de saúde e quando preciso vou ao hospital (quando atendem a gente) e ao posto 24 horas. Eu conheço de perto nossa estrutura decadente. Se você está a pé em Tijucas, o sol numa cidade sem árvores nas vias dificulta a sua vida. Se você é idoso e mora aqui tem dificuldades em atravessar uma simples avenida para comprar pão, colocando sua vida em risco pelo caos do nosso trânsito diário. Nossa mobilidade urbana carece de atenção imediata. Eu tenho parentes no interior e quando chove a vida deles ainda é mais sofrida. Sem falar meus sobrinhos que não tem acesso a área de lazer com qualidade, quando o mato não está cobrindo o pouco de área que resta nos bairros. Eu sou testemunha da forma que muitos são tratados ao precisar de uma cesta básica de alimentos num momento difícil ou mesmo da luta de um pequeno empresário para vencer a burocracia para um simples alvará. É triste ser jovem em Tijucas e não conseguir emprego porque não tem experiência, é mais triste estar na meia idade em Tijucas e não ter espaço e emprego porque “já tem idade demais”. Se você é idoso e não é aposentado como faz para sobreviver se ninguém te contrata? Eu ouço os gritos daqueles que parecem estar em silêncio, daqueles que sorriem por fora, mas por dentro choram! Eu estou com vocês!
Eu acredito numa construção participativa onde a sociedade envolvida determina os rumos do poder público e não ao contrário disso. São muitas pessoas que conheço que compartilham da mesma ideia de que toda mudança é bem vida mas precisamos de pessoas dispostas a mudar este cenário! Toda mudança exige de nós um comportamento de se permitir a isso, o novo vem com um olhar novo e antenado a tudo, a nossa gente quer isso, os nossos idosos, as nossas crianças precisam disso! A minha maior motivação a me colocar pela primeira vez a pré-candidato a prefeito é saber que as pessoas precisam de voz e vez e se Deus assim permitir isso será realidade em nossa Tijucas! Ninguém precisa de um rei na prefeitura, o povo quer um amigo humano lá dentro que ri e chora com ele! Que lhe acolhe e lhe entende, eu sou desses!

 

Portal Galera Mix : Na sua avaliação, quais os atributos que um bom prefeito deve ter?

Dio Adelino:  Um bom prefeito tem que ter humildade, saber se colocar no lugar daquele que representa. Saber entender cada pessoa com sua demanda e se dispor a resolvê-la da melhor forma possível. Um bom prefeito tem que ter garra para enfrentar os grandes desafios e competência para lidar com as inúmeras demandas diárias sem deixar de ser humilde, de ouvir, acolher e dar a comunidade o que ela realmente necessita baseado em fatos reais e não em compromissos de politiqueiros. Um bom prefeito tem que amar sua cidade, tem que ir no posto 24 horas, tem que andar a pé, tem que andar de carro no horário de pico da cidade, tem que visitar o comerciante e saber como andam as vendas, tem que ir na escola pública ver se a merenda escolar é de qualidade. Tem que saber como uma cidade funciona bem longe do seu gabinete. Por isso o bom prefeito tem que ser apenas HUMANO e teremos enfim uma cidade melhor, diferente e mais compromissada com a comunidade!

 

Portal Galera Mix : Quais as suas principais sugestões para a cidade, como pré-candidato a prefeito?

Dio Adelino:  Em 2020 a passagem da pandemia já deixa em nossa comunidade muitas marcas. Então a SAÚDE, EDUCAÇÃO E O EMPREGO E RENDA tem que ser prioridade. O nosso hospital não suporta a realidade local, o posto 24 horas também não. Um hospital regional e a volta de nossa maternidade podem aliviar esta demanda. O gasto em folha tem de ser reduzido, o compromisso tem de ser com a cidade, com as causas assumidas e não com “mega salários”. Seguindo as premissas do Governo Federal onde desburocratizar é preciso, aqui não deve ser diferente. Tornar mais fácil a vida dos pequenos empresários e comerciantes, facilidade na abertura e instalação de suas empresas, gerando emprego e renda. Criação de programas de novos empregos para jovens, adultos e idosos. Entender as demandas das indústrias e empresas locais permitindo também a elas um crescimento consignado a incentivos e geração de empregos. Fortalecer o terceiro setor, as cooperativas e associações dando a elas formas de ampliação de acesso e captação de novos recursos, pois elas são “o braço direito” de uma gestão municipal. Investir no fomento a cultura local, o nosso boi de mamão, o terno de reis, os festejos locais, o teatro, o canto, as artes cênicas, os nossos músicos, artesões, palhaços, artistas e nossa literatura. Nossos atletas sofrem por não terem incentivos para as competições estaduais e nacionais, precisamos investir em nossos atletas, buscando recursos através das esferas estadual e federal, bem com como com a iniciativa privada. Precisamos de uma escola em tempo integral, crianças e adolescentes numa enorme vivência que une educação e cultura por uma formação de vida. A construção de escolas-modelo com estrutura renovada, capacitação de professores e equipe, cursos e oficinas para alunos e tecnologia como campo de transformação local. Estratégias de ação para o melhoramento da nossa mobilidade urbana. Essas não são ideias somente minhas, mas foi ouvindo cada pessoa de nossa cidade que chegamos a essas sugestões. Penso que uma gestão tem que ser assim, participativa, ouvindo o cidadão. O interesse tem que ser de todos e não somente de um grupo político.

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