Fim do naturismo na Praia do Pinho é aprovado pela comunidade em audiência pública 23/08/2022JORNALISMO MENINA

23/08/22 às 19h19
Atualizado em 05/12/24 às 10h51
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O fim do naturismo na Praia do Pinho, em Balneário Camboriú, foi aprovado durante audiência pública realizada na segunda-feira, 22, na Câmara de Vereadores. O Projeto de Lei Complementar n° 10/2022 é de autoria do vereador Anderson Santos (Podemos), e trata sobre a proibição de práticas naturistas na Praia do Pinho, de Balneário Camboriú. Após a aprovação da maioria dos presentes, o projeto seguirá em tramitação no Legislativo.

Vereador apresenta projeto para proibir nudismo na Praia do Pinho
A audiência contou com vereadores, a presidente do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa Brava e secretária do Meio Ambiente, Maria Heloísa Lenzi, além da comunidade e instituições de naturismo de todo o Brasil.

A presidente do APA, favorável ao projeto, explicou que este tema é discutido no Conselho há algum tempo, dando como um dos motivos para a mudança, a falta de aproveitamento do espaço, sendo que, de acordo com ela, poucos moradores já foram ou, se foram, visitaram apenas “por curiosidade”.

Ela ainda completou afirmando o potencial que a praia possui para ganhar o selo Bandeira Azul, e que a prática do naturismo não é mais o foco do local. “A ideia de que a filosofia naturista foi interessante para Balneário Camboriú é notória. Mas isso não conseguiu, pela nossa percepção, se sustentar ao longo dos anos. O turismo que estamos atraindo para a Praia do Pinho é o de pessoas que tem intenção de transformar aquela praia em uma praia de práticas de orgias”, explica Maria Heloísa.

Em relação a segurança pública do local, a presidente explica que não há denúncias, pois quem frequenta a praia normalmente participa das práticas ilícitas, e assim não irá notificar.

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A secretária da Federação Brasileira de Naturismo, Adriana Parreira Almada, rebateu referente a questão da segurança no local. Segundo ela, as práticas informadas no PLC acontecem nas trilhas até a praia, um local público e que deve caber ao poder público fiscalizar. “A segurança é para os naturistas e para todos. Nós possuímos um código de ética e nesse código de ética e todas essas práticas que estão acontecendo nas trilhas estão proibidas, portanto não é o naturismo que está trazendo esses problemas para Balneário Camboriú, é a falta de segurança”.

Outros defensores e contrários à prática de naturismo tiveram a palavra, além de vereadores como Omar Tomalih (Podemos), Alessandro Teco (Republicanos), Eduardo Zanatta (PT) e Naifer Neri (Novo).

O Projeto
O PLC tem como objetivo descaracterizar a Praia do Pinho como sendo de prática de naturismo e, assim, passar a considerá-la como uma praia de amplo e livre acesso, sem restrições de entrada ou permanência em seu espaço, alterando o inciso I, alínea “d”, e revogando o inciso IV, ambos do Art.15 da Lei Complementar nº 2.686/2006, que dispõe sobre a revisão do Plano Diretor do Município de Balneário Camboriú.

Fonte: Rádio Menina FM

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