23/10/20 às 20h20
Atualizado em 24/12/23 às 12h48
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O terceiro voto do Tribunal Especial de Julgamento do Impeachment, o tribunal misto, proferido pelo desembargador Sérgio Rizelo deu vitória parcial ao governador Carlos Moisés da Silva e a vice Daniela Reinehr. Por enquanto, o placar está 2 a 1 pelo arquivamento.
Rizelo votou pelo não prosseguimento da denúncia. Com isso, dois desembargadores – Luiz Alberto Civinski e Sérgio Rizelo – votaram pela não aceitação da acusação, contra o voto do relator, deputado Kennedy Nunes (PSD).
No voto, o desembargador afirmou que cabia à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) a decisão sobre o pagamento da verba de equivalência, o que exime Moisés e Daniela da responsabilidade pela paridade remuneratória entre os procuradores do Estado e da Assembleia.
Rizelo ainda lembrou que o presidente da Alesc, Julio Garcia (PSD), arquivou a primeira denúncia que citava o caso dos procuradores e que ela foi retomada após peticionamento de fatos novos pelo denunciante.
O desembargador sustentou que Moisés defendeu-se daquela acusação e que não poderia ser penalizado pelas informações apresentadas. A denúncia usa a manifestação da defesa de Moisés contra ele nesse pedido de impeachment. “Puni-lo por ter exercido direito de defesa violaria o texto constitucional”, afirmou.
Rizelo sinalizou que não há indícios de crime de responsabilidade contra Moisés e Daniela, mas alegou que membros da PGE podem ser responsabilizados caso a equiparação salarial seja julgada como irregular futuramente.
O segundo desembargador deu voto parecido com o do primeiro. Na sustentação, ambos alegam que a dupla eleita em 2018 não foi protagonista em conceder o aumento aos procuradores – que mesmo que seja irregular eles não devem ser culpabilizados -, que o processo tramitou de maneira regular no Executivo, e que não viam a relação entre os fatos e os crimes.
“O governador não implementou o pagamento. Resumiu-se a dar o ‘de acordo’, autorizando a análise e a instrução. É isso que a lei diz que ele deve fazer. Ele não mandou pagar nada, na minha compreensão”, disse.
Os votos até agora:
Desembargador Luiz Alberto Civinski – pelo arquivamento
Deputado Kennedy Nunes – pelo prosseguimento da denúncia
Desembargador Sérgio Rizelo – pelo arquivamento
Deputado Mauricio Eskudlark –
Desembargadora Cláudia Lambert de Faria –
Deputado Sargento Lima –
Desembargador Rubens Schulz –
Deputado Luiz Fernando Vampiro –
Desembargador Luiz Felipe Schuch –
Deputado Laércio Schuster –
Fonte: RCC
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