Jovem inocente baleado durante assalto no Banco do Brasil ainda sofre com sequelas

17/08/17 às 10h10
Atualizado em 18/10/24 às 07h23
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 A madrugada dia 11 de fevereiro de 2017 ficará marcada por muitos anos na cabeça dos cidadãos batistenses, uma madrugada em que o Centro de São João batista virou uma praça de guerra, por volta das 03h30, os moradores foram acordados com disparos de fuzis, que ecoaram por todo o município, uma intensa troca de tiros entre agentes da DEIC e criminosos que tentavam roubar a Agência do Banco do Brasil da cidade.

Em meio ao confronto alguns jovens que estavam na Praça Dep. Walter Vicente Gomes, foram usados como escudo humano pelos bandidos e ficaram na linha de tiro, entre policiais e criminosos. “Quem esteve naquele lugar, naquele momento teve a certeza que iria morrer”, relata o jovem Felipe Sestrem, batistense que esteve em meio ao fogo cruzado e acabou baleado no confronto.

Felipe, estava em uma festa em Canelinha horas antes da “Guerra” e estava voltando para casa quando resolveu parar para fazer um lanche no “Doguinho do Tony”. Felipe e outros amigos, foram surpreendidos pelos bandidos fortemente armados, e feitos reféns em frente a agência. Foram cerca de 200 disparos, três criminosos mortos e um ferido, além do Delegado que coordenava a operação e um outro agente que também ficaram feridos no confronto.

O jovem e os demais reféns ficaram abaixados durante o tiroteio, e após o restante do bando de criminosos deixar o local, decidiu correr, desesperados os jovens correram em direção a Prefeitura, momento em que diversos disparos foram efetuados na direção do grupo. Um dos disparos atingiu a perna esquerda de Felipe, que ficou caído ao lado da Câmara de Vereadores, ferido logo recebeu atendimentos médicos e foi encaminhado ao Hospital.

Foram quase seis meses impossibilitado de trabalhar ou fazer qualquer movimento com a perna. Além de uma cicatriz enorme, o próprio jovem relata que sente dor, tem dificuldades para correr e sente a perna dormente ao ficar por mais de uma hora em pé. O batistense tem apenas 18 anos e retornou para o trabalho há um mês, apesar das dificuldades e da angústia de não saber quem foi o autor do disparo, o jovem tenta retomar a vida pouco a pouco.

Apesar de todas as dificuldades passadas pela família, Felipe nunca acionou o estado na justiça, uma vez que existem indícios fortes de que o disparo tenha sido efetuado por um policial, já que existia um grupo de agentes em frente ao antigo posto de saúde, e o confronto com os criminosos tenha se restringido à frente do Banco.

Fonte: Clubei

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