29/04/22 às 18h18
Atualizado em 08/11/24 às 14h06
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Foto: Reprodução
A Polícia Civil investiga quem foi o responsável por montar uma lista com os mais “chatos”, “velhacos” e “cornos” de uma cidade e divulgar nas redes sociais. O caso, que deixou muitas pessoas revoltadas com as ofensas, foi registrado na cidade de Candelária, no Rio Grande do Sul. No município, de pouco mais de 31 mil habitantes, o assunto tem dado o que falar. A lista ainda fazia menções de pessoas que usam drogas e sobre a orientação sexual.
Uma pessoa registrou ocorrência na delegacia do município. Segundo a delegada Alessandra Xavier de Siqueira, o morador relatou episódios de bullying contra a filha na escola. Outras pessoas entraram em contato com a polícia, mas evitaram formalizar a denúncia em razão do constrangimento.
“Depende de queixa-crime, então tem que ser feito o registro. Cada um que compartilha essa lista está incorrendo no crime de difamação”, explica. A delegada conta que os nomes são facilmente identificáveis porque, além dos apelidos, há a indicação de local de trabalho ou de residência. “É uma cidade pequena. Em Candelária, todo mundo se conhece pelo primeiro nome, pelo apelido”, diz Alessandra Xavier de Siqueira.
A Polícia Civil afirma ter como descobrir quem compartilhou cada lista. Contudo, a origem das mensagens depende de decisão judicial contra os responsáveis pelo aplicativo. Os próximos passos da investigação são ouvir pessoas que divulgaram a lista e, se for identificada, quem as criou.
Como proceder
O crime de difamação é tipificado pelo artigo 139 do Código Penal. De acordo com a legislação, incorre em crime quando se imputa fato ofensivo à reputação de alguém. A pena prevista varia de três meses a um ano de prisão e multa. Além disso, se o crime é cometido ou divulgado nas redes sociais, a pena é triplicada.
A polícia já tem um suspeito de divulgar as listas. Conforme a delegada Alessandra Xavier de Siqueira, que conduz as investigações, o suspeito de divulgar a lista entrou em contato com a vítima e pediu desculpas. Ele será ouvido nos próximos dias e será proposto que seja feito uma mediação de conflito. Dessa forma, haveria um acordo entre as partes com retratação pública, o que evitaria processo judicial.
Fonte: Visor Notícias
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