25/10/17 às 14h14
Atualizado em 09/10/24 às 21h03
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No início desta semana a imprensa da Capital divulgou que, dos quase 486 mil habitantes de Florianópolis, nada menos que 7.900 indivíduos são portadores do vírus HIV. Isso não quer dizer que estejam fadados a uma morte imediata, uma vez que os avanços da medicina estão conseguindo prolongar a vida tanto dos contaminados quanto dos doentes. Ainda sim, os números são preocupantes.
A Secretaria de Saúde de Santa Catarina divulgou recentemente que o estado ocupa o terceiro lugar no ranking nacional em mortalidade em função da AIDS, atrás apenas do Amazonas (2º) e do Rio Grande do Sul (1º). Entre janeiro e outubro de 2015 a AIDS matou 391pessoas no Brasil. Já em 2014 foram registradas 673 mortes por causa da doença.
Segundo o Departamento Nacional de Vigilância Epidemiológica, 12 municípios catarinenses possuem taxas de detecção de HIV superiores à média nacional, que é de 20 infectados para cada 100 mil habitantes. Eles são Balneário Camboriú (77,4), Itajaí (76,3), Florianópolis (65,2), Criciúma (59,9), São José (56,2), Palhoça (53,5), Brusque (46,1), Joinville (41,2), Blumenau (35,9), Lages (30,2), Jaraguá do Sul (28,0) e Chapecó (25,2).
Sigilo dos portadores de HIV
O Congresso Nacional aprovou Projeto de Lei 7658/14, do Senado da República, que proíbe a divulgação de informações que permitam a identificação da condição de portador do vírus da AIDS, o HIV, em vários âmbitos, inclusive em processos judiciais. Segundo o texto, hospitais, escolas, locais de trabalho, serviço público, órgãos de segurança e de Justiça e a mídia não poderão divulgar informações que permitam identificar a condição de portador de uma pessoa.
É importante lembrar que o primeiro caso de AIDS registrado em Santa Catarina foi em agosto de 1984 e que nesses últimos 33 anos a grande maioria da população ainda não adotou o uso de camisinha nas relações sexuais, motivo pelo qual os números vem se multiplicando.
No caso específico de Tijucas a Vigilância Epidemiológica não revelou o número de habitantes portadores do vírus, mas extraoficialmente fala-se em mais de 600 moradores. Conforme mostra o gráfico a seguir, somente de 2007 a 2017 foram diagnosticados ou notificados 182 novos casos. E em alguns anos ultrapassamos a média nacional. Basta dizer que a média do Brasil é de 20 novos portadores do vírus HIV ao ano, para cada grupo de 100.000 habitantes. Isso significa que os casos registrados na cidade precisam ser acrescidos em 2,5 para refletir a realidade exata. Confira os gráficos:
Ass doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), crescem numa velocidade galopante. E quem deixa a bola rolar pode pisar nela e tropicar.
Procure seu médico, faça o exame e se você for soro positivo inicie o tratamento que a rede pública oferece. Não deixe que a doença pegue você de surpresa.
Fonte: Jornal Razão
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