25/08/17 às 16h16
Atualizado em 19/11/24 às 13h32
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Foto: Salmo Duarte / A Notícia
Três pessoas da mesma família foram encontradas mortas na manhã desta sexta-feira, em Joinville. Os corpos da mãe, de uma menina e de um menino, com idades entre quatro e seis anos, estavam todos no mesmo cômodo. As vítimas são Ana Paula Leme dos Santos Bilibio, 23 anos, e os dois filhos, Pedro Henrique Bilibio Pletsch, 6, e Isabela Bilibio, 3.
A polícia foi acionada por volta das 11 horas, no bairro Guanabara, e permaneceu no local por aproximadamente duas horas. Eles foram chamados pela proprietária do imóvel onde a família morava, um prédio de apartamentos. A mulher desconfiou que havia algo errado porque, após retornar de viagem, não encontrou mais a mãe e as crianças que, apesar de estarem vivendo no local há pouco tempo, já tinham uma relação de amizade com ela. Ao entrar no apartamento, a proprietária encontrou a cena.
A polícia avalia que as mortes podem ter ocorrido há dois dias. Segundo informações da Polícia Militar, as duas crianças foram encontradas deitadas na cama uma ao lado da outra. A causa das mortes só poderá ser confirmada após o laudo do Instituto Médico Legal (IML). Entretanto, um travesseiro foi encontrado próximo aos dois corpos, o que leva a polícia acreditar que os dois tenham sido mortos por asfixia. A mãe foi localizada já sem vida do outro lado do quarto, recostada em uma parede. Quando a PM chegou ao local, não havia sinais de arrombamento no apartamento e nem sinal de violência nos cômodos. Como os corpos já aparentavam rigidez acredita-se que o fato tenha ocorrido há pelo menos 48 horas.
A família morava no local há pouco menos de um ano. Ana era natural da cidade de Laranjeiras do Sul, no Paraná, e veio morar na zona Sul de Joinville sozinha. Quando conseguiu se estabilizar, trouxe os dois filhos que estavam na casa da avó. O lar da família Bilibio contava com quatro cômodos: quarto, sala, cozinha e banheiro. No dormitório, havia apenas uma cama que era dividida pelos três.
Segundo informações do delegado Elieser Jose Bertinotti, da Delegacia de Homicídios (DH), a investigação inicial, após averiguações no imóvel, apontou um duplo homicídio seguido de suicídio.
— Em princípio foi uma tragédia: um duplo homicídio dos filhos seguido de suicídio. Agora vamos iniciar a investigação, coletar dados e concluir o que realmente aconteceu – afirmou.
Ainda segundo o delegado, a família foi vista pelos vizinhos pela última vez na última quarta-feira, possível data das mortes. Uma funcionária do CEI onde uma das crianças estudava, que não quis ter a identidade revelada, informou ter pouco contato com a mãe do garoto. Segundo ela, Ana deixava a criança na escola e não conversava muito.
O menino faltava às aulas diversas vezes e a coordenação da unidade precisava entrar em contato para averiguar o porquê do menino não ir à escola. A mãe justificava que estava à procura de emprego e nem sempre conseguia deixar Pedro no local.
— Já aconteceu outras vezes de ele não aparecer na escola por dois, ou três dias. Desta vez, fazia 12 dias que ele não comparecia. Nós tentamos ligar para a mãe neste período, mas ela não atendeu – assegurou.
Ainda de acordo com a funcionária, o menino não contava muitas coisas sobre o convívio familiar. Entretanto, em uma oportunidade se queixou às professoras que ¿estava triste porque não tinha muitos brinquedos em casa¿.
Fonte: Jornal A Notícia
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