PM concentra ações para estancar violência e tensão em Tijucas

07/08/18 às 08h08
Atualizado em 09/09/23 às 22h57
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Posicionado entre Florianópolis e Balneário Camboriú, nas margens da BR-101, o município de Tijucas, com 36,9 mil habitantes, está no centro da mais recente preocupação com a criminalidade em Santa Catarina. Por causa de prisões e baixas de líderes, o crime organizado vem planejando e executando represálias. O cenário de intimidações e ameaças aos policiais militares se estende do Vale do Rio Tijucas à Grande Florianópolis.

Após a madrugada violenta de sábado, a Polícia Militar montou no domingo uma grande operação. O comandante-geral da PM, coronel Araújo Gomes, e o subcomandante-geral, coronel Cláudio Roberto Koglin, se envolveram pessoalmente nas estratégias de prevenção e resposta.

Houve um atentado a tiros contra a casa de um PM em Palhoça. Foram cerca de dez disparos. Ninguém ficou ferido. Com exceção deste episódio, a madrugada de domingo foi considerada tranquila pelo comando.

Houve barreiras em várias pontos, principalmente em áreas críticas de Florianópolis. Equipes do PPT (Pelotão de Patrulhamento Tático) de várias Regiões Militares ficaram de prontidão nas companhias.

Nas redes sociais internas, o comando deixou claro que o setor de inteligência havia identificado que poderia haver represálias por causa da morte em confronto de Walace Índio de Farias, 18 anos, o Mocotó ou Bichinho. Ele morreu em Tijucas, na sexta-feira. Era uma das lideranças do Morro do Mocotó, na área Central da Capital.

Este ano, ocorreram nove mortes em confronto com a polícia em Tijucas, conforme levantamento do jornal Hora de Santa Catarina. Além de ser utilizada como rota de fuga e refúgio de criminosos, a cidade teve nos últimos anos forte movimentação da facção criminosa de Santa Catarina no bairro Jardim Progresso. O local conhecido como "Sem Terra" é dominado por traficantes de drogas.

 

A violência é tanta que, mês passado, criminosos dispararam tiros até mesmo contra um site de notícias local, no centro.

Em abril de 2010, o policial militar Everton Rodrigues Bastos, 23 anos, foi morto em um atentado dentro da viatura, na praça do Expedicionário, no centro.

– Estamos atentos, enfrentando esse problema de forma dura. Já está confinado e vai acabar. Mas ainda inspira atenção e esforço – sintetiza o comandante-geral da PM.

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Fonte: NSC-TV

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