Prefeitura combaterá as cracolândias em Tijucas

24/04/17 às 18h18
Atualizado em 16/11/24 às 00h38
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 Durante a manhã desta quinta-feira (20) uma grande movimentação chamou a atenção de quem trafegava pela rua 13 de Maio, no bairro Universitário, na região da esquina da rótula da rua Taxista Maicon Rosa. Agentes da Secretaria de Ação Social, Polícia Militar e Secretaria de Obras realizaram uma ação de reconhecimento e desbravamento nos terrenos que há meses são utilizados como abrigo para dependentes químicos e moradores de rua.
Enquanto os policiais e servidores do serviço de abordagem da Prefeitura interpelavam os moradores de rua, retroescavadeiras removiam o matagal que se formou no terreno, antes pertencente ao casal Neusa e Joao Lotero (in memorian), posteriormente vendido ao recentemente falecido empresário Egídio Soares.
De acordo com a coordenação da operação, foi constatado que as pessoas que ali residiam construíram uma cabana improvisada para passar a noite. No local foram recolhidos vários cachimbos utilizados para fumar crack, garrafas de bebida, camisinhas, roupas íntimas e outros diversos objetos.
Bianca Bibiani Machado, responsável pelo setor de abordagem da Secretaria de Ação Social, braço criado em 2010 pela então Administração do prefeito Elmis Mannrich, afirma que o número de moradores de rua no município é alarmante.
“Eles tem amor por Tijucas. Dizem que aqui não falta dinheiro, comida e droga”, disse.

Uma ação orquestrada

Bianca Machado argumentou que outro impasse é o fato de muitos andarilhos serem naturais da região e não desejarem voltar para as suas casas e vidas antigas, temendo que familiares exijam atitudes que eles não querem tomar.

A estratégia do programa consiste em três passos: documentação, conferência da ficha do indivíduo junto à Polícia Militar e fotografia que registre a abordagem. Assim, ao abordar um morador de rua a equipe especializada da Secretaria de Ação Social montará uma ficha com dados do cidadão, que em seguida será confrontada com dados da Polícia Militar. Caso o morador de rua seja um foragido da justiça, como aconteceu na oportunidade, será encaminhado para a comarca onde está sendo procurado, sendo devolvido ao presídio no qual cumpre pena. Já os que não tiverem problemas com a polícia, receberão acompanhamento para que possam retornar a sua cidade de origem, depois de receberem um banho, uma refeição e cuidados médicos, caso seja necessário.
No momento em que a ação ocorreu apenas um morador de rua foi encontrado na “casinha”, já que com a chegada das autoridades muitos andarilhos se evadiram do local. Segundo a Polícia Militar, o homem saiu recentemente da cadeia, em Palhoça, mas tinha pendências com a justiça da Comarca de Biguaçu. Uma mulher grávida, que também costuma passar as noites no local, foi vista nas proximidades e abordada, mas recusou a oferta de ajuda.
Outras operações semelhantes passarão a ocorrer com maior regularidade.

 

Fonte: Jornal Razão

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