SC registra explosão de casos de coqueluche em um ano e primeiras mortes em 10 anos

26/10/24 às 20h20
Atualizado em 08/11/24 às 02h21
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Foto: Banco de Imagens, Reprodução

Santa Catarina está vivendo uma explosão de casos de coqueluche em 2024. No ano passado, foram duas pessoas infectadas pela doença, nas regiões do Médio Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. Neste ano, no entanto, já são 106 casos confirmados em diversas regiões do Estado. Os dados são da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), atualizados na terça-feira (22).

 

SC registrou primeiras mortes pela doença em 10 anos

Além do aumento de casos, há outro fator que gera alerta para Santa Catarina. Em 2024, foram notificados e investigados dois casos graves para coqueluche em bebês. Eles foram confirmados e evoluíram para óbito. Os últimos registros de mortes por coqueluche no Estado haviam sido no ano de 2014, de acordo com a Dive/SC.

O primeiro caso confirmado foi o de um bebê de dois meses, no município de Itajaí. Ele morreu no dia 20 de agosto e apresentava sintomas respiratórios. Não havia registro de vacinação de DTP-A para a mãe do bebê durante a gestação.

O segundo caso confirmado foi de outro bebê, também de dois meses. Ele veio a óbito no dia 27 de agosto, no município de Joinville. Também não havia registro de vacinação de DTP-A para a mãe do bebê durante a gestação.

Os dois bebês eram prematuros e ainda não haviam recebido nenhuma dose de vacina com componente pertussis. Os dois não possuíam situações ou comorbidades relatadas.

 

Prevenção é feita com vacinas

A vacina que previne contra a coqueluche é a pentavalente (DTP/HB/Hib). Segundo o Ministério da Saúde, ela é uma composição combinada que previne contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B.

As crianças devem tomar três doses dessa vacina: aos dois, quatro e seis meses de vida. Além dessa, importantíssima para os pequenos, há a vacina para as gestantes, conforme explica a gerente de doenças infecciosas agudas e imunização da Dive/SC, Arieli Fialho.

— Além da vacinação das crianças, nós temos uma vacina muito importante que deve ser feita nas gestantes, que é a vacina DTP-A, que também tem o componente coqueluche. Essa vacina tem como principal objetivo proteger a mãe, que passa anticorpos da vacina para o feto ainda dentro da barriga. Assim, quando ele nasce, já vai ter alguns anticorpos contra a doença, uma proteção até finalizar o esquema com a pentavalente — esclarece.
Cobertura vacinal contra coqueluche está abaixo da meta

Mesmo com o aumento de casos e as duas mortes, a cobertura vacinal contra coqueluche no Estado está abaixo da meta definida pelo Ministério da Saúde, de 95%. Neste ano, Santa Catarina atingiu 88,87% da cobertura. Em 2023, o Estado se aproximou um pouco mais, com 91,47% da cobertura.

Fonte: NSC-Total

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