“Transei com quatro caras e engravidei”; A história da moradora de SC que viralizou no TikTok

02/05/22 às 18h18
Atualizado em 10/11/24 às 03h23
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Fonte: ND+

Depois ter se relacionado com quatro homens no mesmo mês, uma moradora de Florianópolis descobriu que estava grávida. Viviane Araújo, de 38 anos, que achava que não poderia engravidar, levou a maior surpresa e ainda relatou toda a história na internet. A catarinense, que havia recém terminado um casamento de sete anos, contou nas redes sociais sobre a situação.

“Meu marido queria muito ser pai. Ele não tinha nenhum problema de fertilidade, mas eu tinha uma endometriose, que pode dificultar a gravidez. Depois de anos de tentativa, ele quis terminar. Fiquei arrasada, mas quando me recuperei, comecei a me relacionar com algumas pessoas”, contou em depoimento para Rafaela Polo De Universa, São Paulo.

Viviane relatou que nunca tinha feito isso antes de casar por receio de receber o estigma de ‘vagabunda’. “Em um mês, transei com quatro caras e engravidei. Quando descobri a gestação, não sabia quem era o pai. Eu e meu marido nos separamos no começo da pandemia, seis meses depois de eu fazer a minha cirurgia para a retirada da endometriose. Passei um período na casa da minha mãe e depois voltei a viver minha vida. Conheci pessoas, sem me relacionar”, disse.

Segundo a contadora, o médico havia lhe dito que se ela não tinha engravidado até os 35 anos, não seria depois disso que conseguiria. “Em junho do ano passado, eu e meu ex-marido ficamos juntos novamente. Bateu uma saudade e tivemos uma recaída. Ele até brincou dizendo: ‘Já pensou se você engravidar agora?’ . No mesmo mês, eu tinha saído com mais três caras. Com dois, o sexo foi coito interrompido, quando o homem goza fora, e com outro a camisinha estourou e eu tomei pílula do dia seguinte”.

Passado um tempo, Viviane descobriu que estava grávida. E surgiu a dúvida: quem era o pai? “Quando fiz a primeira ultrassonografia, me disseram que, pelo tempo da concepção, era pouco provável que seria do homem com o qual a camisinha estourou. O sexo com ele tinha sido muito recente. E aí comecei a lembrar das outras pessoas”.

A reação dos possíveis pais da criança não foi das melhores. “Cada um reagiu de um jeito. Meu ex-marido ficou meio bravo quando soube que eu estava em dúvida sobre quatro pessoas. Ficamos sem nos falar por um tempo. Outros dois ficaram meio apavorados porque já têm filhos e sabem a dedicação necessária para ser pai. Um deles agiu bem naturalmente”, relembrou. A contadora até pensou em realizar um exame de DNA, porém, custava cerca de R$ 5 mil para cada pessoa, um total de R$ 20 mil, e ninguém tinha esse dinheiro.

“Nas redes, mulheres se identificaram comigo”

Foi aí que Viviane decidiu compartilhar sua história na internet. Para isso, ela usou o TikTok. “Uma coisa me chamou bastante a atenção: mulheres me achando corajosa por ter contado para todos os envolvidos que eles poderiam ser os pais. Para mim, foi fácil. Eu não tinha nada sério com ninguém e nem nada a esconder. Tem mulheres que até hoje falam que o pai não quis, mas na verdade tinha dúvidas sobre a paternidade, e não teve coragem de contar para a família, com medo do julgamento. Muitas se viram na minha história”, destacou Viviane.

Mesmo com tudo às claras, a contadora não teve o apoio de ninguém durante a gestação. “No final da gravidez, um deles com o qual eu continuei ficando me ajudava a levantar da cama e pegava copos d’água, porque meus movimentos já estavam restritos. Mas, minha gravidez foi bem tranquila, apesar da ansiedade por não saber quem era o pai. Fiz terapia e a médica me receitou um antidepressivo leve, pois era melhor eu me medicar do que continuar do jeito que estava. Já tinha tido um quadro de depressão anteriormente, então tinha medo da depressão pós-parto”.

Após o nascimento da criança foi feito o exame de DNA. “Como para um dos homens a possibilidade era menor, só três fizeram o exame. Peguei o resultado com meu pai e minha irmã. Estava torcendo para que fosse do meu ex-marido, porque sei que ele queria muito, e é um homem responsável. Seria uma preocupação a menos. Mas todos foram bem solícitos comigo, menos o pai da criança”, descreveu.

Quando Viviane soube quem era o pai, ligou para o homem, que ficou bem nervoso. “Ele não queria, e eu entendo, pois já tem duas filhas e ficamos apenas duas vezes. Mas registramos meu filho no dia seguinte. E escolhi o nome sozinha, em homenagem a minha família, que é de origem indígena. Todos os possíveis pais gostaram. No fim, o pai biológico pediu para que eu acrescentasse Cacau como segundo nome, porque ele tinha o sonho de ter um filho que chamasse assim. Então ficou Rudá Cacau”.

De acordo com ela, pai e filho não tem nenhuma relação. Em dois meses de vida, eles só se viram três vezes. “Eu fico um pouco chocada em pensar que a pessoa sabe que é pai de um bebê tão lindo e não valorizar o contato, não querer por perto. Mas não me machuca porque ainda não vejo a reação do meu filho sobre isso. Mas se perceber que Rudá ficará triste com isso, sei que vai doer”, finalizou.

 

Fonte: ND+

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