Trecho da SC-108 entre São João Batista e Brusque soma 15 mortes em 2 km e acende alerta para obras urgentes

22/11/25 às 10h10
Atualizado em 22/11/25 às 13h02
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Fotos: Olhovivocan

A rodovia que liga Brusque–São João Batista, atual SC-108, tornou-se um dos pontos críticos de segurança viária em Santa Catarina. Moradores fizeram 15 cruzes para simbolizar as vidas perdidas, todas registradas em um trecho de pouco mais de 2 quilômetros. A concentração de mortes em um espaço tão curto reforça a urgência por intervenções estruturais e modernização completa da estrada.

A origem da rodovia remonta a 31 de outubro de 1986, quando tiveram início as obras de pavimentação da antiga SC-408, executadas pela empresa AZZA, de Brusque. Foram quatro anos de trabalhos até a inauguração em dezembro de 1990, durante o governo de Cacildo Maldaner, logo após a morte do então governador Pedro Ivo Campos. Naquele mesmo ano, a estrada recebeu oficialmente o nome de Rodovia Deputado Gentil Battisti Archer, por meio da Lei 8.077.

Apesar de sua importância econômica e social para o Vale do Rio Tijucas, a rodovia permanece praticamente inalterada desde sua inauguração. Sem duplicação, sem acostamento adequado e sem adequações ao crescimento do fluxo de veículos e caminhões, o trecho tornou-se insuficiente para atender às demandas atuais da região.

A presença das 15 cruzes, simboliza mais do que luto: representa uma denúncia direta de que a rodovia não oferece condições mínimas de segurança. Segundo a comunidade, o curto espaço onde as mortes ocorreram ilustra o nível de risco enfrentado diariamente por motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres.

Lideranças locais afirmam que a SC-108 se transformou em um gargalo de mobilidade e em um dos trechos mais perigosos do Vale. A cobrança agora é por um projeto definitivo de reestruturação, com duplicação, correções de traçado, acostamento e medidas de segurança compatíveis com o movimento diário da rodovia.
Enquanto não há anúncios concretos de modernização, os moradores prometem manter a mobilização. Para eles, as 15 cruzes, as 15 vidas perdidas, em apenas 2 quilômetros são o símbolo de que a situação ultrapassou o limite do aceitável.

 

 

 

Fonte: Olhovivocan

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