Vanessa Bencz, autora da HQ “A Menina Distraída”, que fala sobre a vida da escritora e a luta contra o bullying na adolescência

A jornalista e escritora Vanessa Bencz, de Joinville , é autora da história em quadrinhos “A Menina Distraída”, uma história em quadrinhos que fala sobre a vida da escritora e a luta contra o bullying na adolescência.

"Bullying: agressão física ou verbal feita de maneira repetitiva e continuada contra um indivíduo, principalmente na escola."

A obra “A Menina Distraída” é o resultado das experiências de Vanessa e também de depoimentos de adolescentes que ela conheceu em palestras nas escolas desde que tornou públicas as agressões que sofreu na adolescência.

“Por mais que seja difícil falar sobre isso e por mais que a sociedade não queira falar sobre, é um problema grave de saúde pública, e a gente tem a mania de jogar essas coisas para debaixo do tapete”, disse a palestrante.

Vanessa começou a dar palestras em escolas em 2012. Na época, a jornalista havia acabado de lançar o seu primeiro livro, “A Rota do Sol”, e fora convidada por uma professora para palestrar sobre a importância da leitura para sua turma - o que acabou não fazendo.

“Eu achei o tema chato e pensei ‘vou palestrar sobre o que eu quiser’. Quando cheguei lá, vi aquele monte de pré-adolescentes desinteressados e entediados, e comecei a contar para eles sobre como eu era na idade deles: tirava notas baixas, levava esporro dos pais e sofria bullying. Eles amaram, prestaram atenção como nunca”, comenta.

Depois de ministrar várias palestras em escolas, Vanessa ficou maravilhada em transmitir motivação aos alunos, e acabou sendo incentivada por professores a fazer um projeto que falasse sobre bullying e respeito ao próximo, que acabou resultando na história em quadrinhos “A Menina Distraída”.

Com o sucesso do livro, Vanessa viajou o país apresentando suas palestras, com temas e assuntos escolares. “Já fiz quase duas mil palestras e amo de paixão isso. Quanto mais o tempo passa, mais vejo o quanto é importante falar disso. Os estudantes estão sem referência, sem apoio psicológico e os professores são desvalorizados e ridicularizados, o que é triste. Por isso gosto de dar essa força para a comunidade escolarl”, relata.