20/02/25 às 20h20
Atualizado em 21/02/25 às 19h58
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Presença de cachorros nas praias é questionada – Foto: Flávio Tin/Arquivo/ND
A presença de cachorros nas praias de Florianópolis, que a cada temporada de verão tem sido motivo de reclamações de moradores e turistas, tem gerado um intenso debate provocado pelo prefeito Topazio Neto (PSD), que usou as redes sociais para acender a polêmica, quando informou que estava propondo a revogação de uma lei junto à Câmara de Vereadores.
Atualmente, a lei proíbe cachorros nas praias. O prefeito pede a revogação da lei atual para, posteriormente, liberar em horários e praias específicas, que ainda não estão definidas.
Para entender o que a população pensa sobre o tema, o Grupo ND encomendou uma pesquisa de opinião pública junto à empresa Neokemp, que tem metodologia técnica e tecnologia para este tipo de trabalho.
O estudo revelou que a maioria (52%) é contra a presença de cachorros nas praias e indica resistência significativa à ideia. Outros 32% são a favor. Tem ainda 15% que aceitam a presença de cães, mas com regras bem definidas.
Ao todo, 600 pessoas foram ouvidas nos dias 12 e 13 de fevereiro. A margem de erro é de 4% para mais ou para menos e o objetivo principal foi compreender a opinião pública dos moradores e frequentadores sobre a polêmica, identificando níveis de aceitação, preocupações e condições que poderiam viabilizar uma convivência harmoniosa entre tutores, cães e demais usuários das praias.
A pesquisa também pediu a opinião dos entrevistados sobre a presença de cães em praias e horários específicos, como o prefeito pretende e caso a Câmara dos Vereadores aprove.
A maior parte (44%) apoia a ideia, indicando que uma regulamentação bem definida pode ser amplamente aceita. Mas 36% mantiveram o posicionamento contrário. Outros 18% defendem a liberação total, sugerindo que estratégias de uso responsável seriam mais viáveis e melhor recebidas.
O trabalho, desenvolvido pela empresa Neokemp, utilizou uma abordagem quantitativa e a coleta de dados foi por meio de questionários estruturados em ligações telefônicas.
A amostra é segmentada por critérios demográficos, como idade, gênero, escolaridade e localização geográfica, garantindo representatividade. Outro dado importante é que a maioria dos respondentes (59%) tem cachorro como animal de estimação, indicando um público majoritariamente familiarizado com cães.
Em relação ao sexo, 52,5% dos entrevistados é mulher e 47,5% homem. No quesito escolaridade, a maioria (45,7%) tem ensino superior, outros 39,5% o ensino médio e 14,9% o ensino fundamental.
Foram ouvidos tanto jovens com 16 a 24 anos quanto pessoas com mais de 60 anos. A maioria dos entrevistados (37,7%) está na faixa etária dos 45 aos 59 anos.
Sobre a condição econômica, a imensa maioria (72%) está trabalhando, outros 10,9% não estão, mas procuram, e 17,1% não está trabalhando e nem procura emprego.
Fonte: N D+
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